Alan Wake 2 continua a saga do escritor que vive sendo perseguido pelos próprios pesadelos. Literalmente. Depois dos eventos do primeiro jogo, Alan está preso há mais de uma década no Dark Place, uma dimensão distorcida que funciona como um reflexo sombrio do mundo real. Nada ali obedece regras normais: pensamentos influenciam o ambiente, memórias se misturam com ficção, e tudo tenta manipular Alan para que ele escreva histórias que alimentem a própria escuridão.

Enquanto isso, no mundo real, uma agente do FBI chamada Saga Anderson chega a Bright Falls para investigar uma série de assassinatos ritualísticos. Ela é bem racional, lógica, e não acredita muito em histórias sobrenaturais, mas Bright Falls já tem fama de ser o tipo de cidade onde o impossível não só acontece, como joga na sua cara. Quando Saga encontra pistas que ligam os crimes a um manuscrito escrito por ninguém menos que Alan Wake, a linha entre realidade e ficção começa a desmoronar.

A narrativa alterna entre Alan tentando escapar do Dark Place e Saga tentando impedir que a escuridão contamine o mundo real. Para Alan, a saída depende de escrever a história certa, mas o problema é que o Dark Place manipula o texto, muda trechos por conta própria e distorce os fatos. Já com Saga, a investigação vira um labirinto onde pistas mudam, cenas se reescrevem e nada permanece estável. Ela começa a perceber que alguém está “reescrevendo o mundo”, e que essa força quer usá-la como peça de um enredo muito maior.

Enquanto ambos avançam, os dois caminhos começam a colidir. Saga descobre mais sobre a influência da escuridão e como ela transforma pessoas comuns em marionetes violentas. Alan, por sua vez, enfrenta versões distorcidas de si mesmo, memórias embaralhadas e criaturas alimentadas por medo. A grande virada da história é a compreensão de que as tramas dos dois protagonistas estão conectadas em tempo e consequência: cada progresso de Saga ecoa no Dark Place, enquanto cada capítulo escrito por Alan altera a investigação de Saga no mundo real.

Tudo leva a revelar quem está realmente por trás da escuridão, qual é a origem das distorções e por que Alan se tornou o “autor preso na própria narrativa”. Ao longo da história, os dois personagens precisam enfrentar tanto o sobrenatural quanto seus próprios traumas. Alan luta para manter a sanidade e não perder sua identidade, enquanto Saga encara a ideia de que sua vida inteira talvez não seja tão sólida quanto acredita.

O jogo amarra esses mistérios em um clima constante de paranoia, onde o medo não vem só dos monstros, mas da sensação de que nada pode ser confiado: nem a luz, nem os ambientes, nem as próprias memórias. No final, Alan e Saga precisam descobrir como quebrar o ciclo da escuridão, restaurar a realidade e impedir que Bright Falls seja engolida de vez por uma história escrita por forças que ninguém jamais deveria ler.

Tamanho do Jogo: cerca de 85 GB para PS5. 
Gênero: Terror / Aventura / Investigação
Data de Lançamento: 27 de outubro de 2023